iconfinder_vector_65_12_473798

Filie-se!

Junte-se ao Conselho Internacional de Psicanálise!

iconfinder_vector_65_02_473778

Associados

Clique aqui para conferir todos os nossos Associados.

iconfinder_vector_65_09_473792

Entidades Associadas

Descubra as entidades que usufruem do nosso suporte.

mundo

Associados Internacionais

Contamos com representantes do CONIPSI fora do Brasil também!

Trechos extraídos ou texto replicado na íntegra do site: .
Autoria do texto: .
Data de Publicação: .
Leia a matéria na íntegra clicando aqui.
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email

Aristóteles – Ética a Nicômaco

Não há, nem poderia haver, a pretensão de publicar neste espaço um resumo que fosse de ‘Ética a Nicômaco’. Aqui só pretendemos lembrar que esse tratado mais do que nunca precisa ser lido em nosso país. Ética e Política são inseparáveis em toda a obra de Aristóteles.

O filósofo não negligencia nem a Política, nem a Moral ao desenvolver sua concepção do que deve ser a vida dos cidadãos e se pronuncia sempre em direção à busca da Virtude, que deve ser a essência da Cidade. (Que, é bom recordar, tem na época o sentido de Cidade-Estado).

 

  • A virtude ética é adquirida pelo hábito; não nascemos com ela, mas nossa natureza é capaz de adquiri-la e aperfeiçoá-la. A virtude tem dois aspectos, o intelectual e o moral; a virtude intelectual (sabedoria) provém em sua maior parte da instrução, que lhe é necessária para se manifestar e se desenvolver. Também exige prática e tempo, enquanto a virtude moral (prudência) é filha dos bons hábitos.
  • Não nascemos com nenhuma virtude moral; na verdade, nada modifica uma condição que nos é dada pela natureza; por exemplo, a pedra tem um peso que é seu: nada muda essa situação, nem que ela seja jogada ao ar mil vezes ela perderá seu peso; o fogo não saberia descer, só sabe subir; e assim sucessivamente com todos os corpos que não podem modificar suas características originais. Ao nascer, não temos nem virtudes, nem vícios.
  • Não é pois por um dom da natureza que uma virtude nasce em nós; somos sim naturalmente predispostos a adquiri-la e vivenciá-la, desde que a aperfeiçoemos pelo costume, assim como acontece com as artes e os ofícios.
  • Aquilo que deve ser estudado, aprendemos pela prática: é construindo que nos tornamos arquitetos; é tocando a cítara que nos tornamos citaristas.
  • O mesmo acontece com as virtudes. De tanto enfrentar situações perigosas e de nos habituar ao medo ou à audácia, passamos a ser pusilânimes ou corajosos.
  • A virtude ética está relacionada com sentimentos e ações. No entanto, agir virtuosamente e ser virtuoso são coisas diferentes. Ser virtuoso requer três coisas: a) que a pessoa saiba o que está fazendo; b) que tenha a intenção de fazer o que está fazendo; c) que tenha essa intenção por saber que é o mais correto e por nenhum outro motivo; d) e que aja com firmeza e determinação.
  • Sendo assim, o modo como somos educados desde a infância não tem pouca importância. Que digo? Tem importância extrema, na verdade é essencial. Por isso é importante exercer nossas atividades de modo virtuoso, determinadamente, pois as diferenças de conduta podem criar hábitos diferentes em quem nos cerca.
  • Vejamos o que acontece nas cidades: os legisladores, ao bem habituá-los, formam cidadãos virtuosos. E essa deve ser a intenção de todo legislador. Todos aqueles que não se comportam assim, deixam de cumprir seu papel, pois é só por aí que uma Cidade difere da outra, uma boa Cidade de uma cidade má.

 

Aristóteles nasceu em 384 a.C, em Stagira, na margem norte do Mar Egeu. Seu pai, médico do rei da Macedônia, se chamava Nicômaco, nome que ele depois deu a seu filho. Foi preceptor de Alexandre, o Grande. Quando Alexandre já não precisa mais dele, ele volta para Atenas onde funda o Liceu. É a um seu aluno que devemos a herança de ler o que ele escreveu. Faleceu em Atenas, em 322 a.C.

Excertos traduzidos livremente de diversas traduções do original grego.

 

Referência: Blog do Noblat

star-line-clipart-22
Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

2 respostas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *