iconfinder_vector_65_12_473798

Filie-se!

Junte-se ao Conselho Internacional de Psicanálise!

iconfinder_vector_65_02_473778

Associados

Clique aqui para conferir todos os nossos Associados.

iconfinder_vector_65_09_473792

Entidades Associadas

Descubra as entidades que usufruem do nosso suporte.

mundo

Associados Internacionais

Contamos com representantes do CONIPSI fora do Brasil também!

Trechos extraídos ou texto replicado na íntegra do site: .
Autoria do texto: .
Data de Publicação: .
Leia a matéria na íntegra clicando aqui.
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email

Culpar os outros pelos seus problemas é uma completa perda de tempo. Quando você faz isso, você não aprende nada.

Você não consegue crescer e nãoconegue amadurecer. Assim, você não pode melhorar sua vida.

Nas minhas três décadas como professor e psicólogo clínico, aprendi que há duas atitudes fundamentais em relação à vida e às suas tristezas. Os com a primeira atitude culpam o mundo. Os com a segunda perguntam o que poderiam fazer de forma diferente.

Imagine um casal à beira do divórcio. Eles estão feridos e com raiva. O infeliz e amargo marido relembra as terríveis coisas que sua esposa fez e as razões pelas quais não consegue mais viver com ela.

A esposa atormentada e desiludida, por sua vez, pode descrever todos os modos como o marido a decepcionou. Cada um tem uma longa lista de mudanças necessárias – para a outra pessoa.

Suas perspectivas de reconciliação são sombrias. Por quê? Porque as outras pessoas não são o problema. Você é o problema. Você não pode mudar as outras pessoas, mas pode mudar a si mesmo. Mas é difícil. É preciso coragem para mudar. E é preciso disciplina. É muito mais fácil – e muito mais gratificante para seus desejos mais básicos – culpar alguém pela sua infelicidade.

Considere o jovem ativista, fazendo uma “declaração” contra o sistema capitalista “corrupto”, destruindo a fachada de uma empresa local. O que ele fez, além de trazer danos a pessoas que não têm nada a ver com seus problemas reais?

A culpa, a dúvida e a vergonha que ele, inevitavelmente, sentirá como consequência, terão que ser suprimidas para que suas crenças permaneçam inalteradas. E essa supressão não fará nada além de fomentar sua raiva e alienação.

Na peça “The Cocktail Party”, do poeta americano-inglês TS Eliot, um dos personagens está tendo muita dificuldade com isso. Ela fala ao seu psiquiatra de sua profunda infelicidade. Ela diz a ele que ela espera que seu sofrimento seja tudo culpa dela.

Surpreendido, o psiquiatra pergunta por quê. Porque, ela diz a ele, se é culpa dela, ela pode fazer algo a respeito. Se é da natureza do mundo, no entanto, ela está condenada. Ela não pode mudar todo o resto. Mas ela poderia mudar a si mesma.

Agora, há pessoas que parecem estar presas a um terrível destino. Mas a maioria não está. A maioria das pessoas tem a chance de melhorar sua vida.

Mas como?

Comece com pouco. Faça a si mesmo algumas perguntas: Você aproveitou ao máximo as oportunidades oferecidas a você? Você está trabalhando em sua plena capacidade na escola ou no trabalho? Você, em outras palavras, colocou sua própria casa em ordem?

Se a resposta for não, tente isto: pare de fazer o que você sabe estar errado. Pare hoje.

Não perca tempo perguntando como você sabe que o que está fazendo está errado.

O questionamento inoportuno pode confundir sem esclarecer e desviar você da ação. Você pode saber que algo está certo ou errado sem saber por quê.

Comece a prestar atenção: você procrastina, aparece tarde, gasta dinheiro que não tem e bebe mais do que deveria?

Não é uma questão de aceitar alguma moralidade imposta externamente. É um diálogo com sua própria consciência. O que você está fazendo de errado, sob sua própria perspectiva? O que você poderia corrigir – imediatamente?

Comece a ir para o trabalhar na hora.. Pare de interromper as pessoas. Faça as pazes com seus irmãos e seus pais. Diligentemente utilize tudo o que você já tem em mãos. Se você fizer essas coisas, sua vida irá melhorar. Você se tornará mais pacífico, produtivo e desejável.

Depois de alguns dias, semanas ou meses de esforço atento, sua mente ficará limpa. Sua vida se tornará menos trágica e você se tornará mais confiante. Você começará a distinguir o certo do errado de forma mais clara. O caminho à sua frente brilhará mais intensamente. Você vai parar de ficar no seu próprio caminho. Em vez de trazer problemas para você, sua família e sua sociedade, você será uma força positiva e confiável.

Sua vida ainda será difícil. Você ainda vai sofrer. Esse é o preço de se estar vivo. Mas talvez você se torne forte o suficiente para aceitar esse fardo e, dessa forma, venha a atuar nobremente e com propósito.

A maneira correta de consertar o mundo não é consertando o mundo. Não há razão para supor que você esteja preparado para essa tarefa. Mas você pode consertar a si mesmo. Você não fará mal a ninguém fazendo isso.

E dessa maneira, pelo menos, você fará do mundo um lugar melhor.

Sou Jordan Peterson, professor de psicologia na Universidade de Toronto, para a Prager University.

 

 

star-line-clipart-22
Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *