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Vídeo de Charlotte Brehaut, onde mulher agoniza por causa da vitória de Trump.

O jornal O Estado de São Paulo fez uma matéria sobre o desiquilíbrio emocional causado pela possibilidade de Bolsonaro ganhar a eleição.

A esquerda norte-americana, desorientada com a eleição de Trump, correu em busca de amparo psicológico.

Os esquerdistas brasileiros estão reagindo da mesma forma.

Claire Sheehan, num protesto no dia 9 de novembro de 2016. www.theatlantic.com/photo/2016/11/not-my-president-thousands-march-in-protest/507248/

O diretor do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, disse ao Estadão que a entidade tem recebido um número expressivo de relatos sobre as consequências psicológicas do processo eleitoral.

“Em 20 anos de profissão jamais vi algo parecido, o País vive um momento bastante complicado de instabilidade psíquica.”

O quadro de desequilíbrio emocional, diz a reportagem, ficou tão evidente que psicólogos e terapeutas de diversas correntes estão promovendo as chamadas rodas de conversa e acolhimento — as ações funcionam como grupos de terapia coletiva.

“No dia seguinte à realização do primeiro turno das eleições, a psicóloga Tatiana Bacic Olic atendeu dez pacientes em sua clínica, em São Paulo. Naquela ocasião, todas as consultas, sem nenhuma exceção, foram pontuadas pelas angústias e medos despertados pelo ambiente político do País. ‘Muita gente chegou dizendo que não conseguia dormir, com crises de choro, deprimidas ou mesmo tomando medicamentos’.

O que aconteceu no consultório de Tatiana se repetiu em outras clínicas e divãs pelo Brasil. Segundo o diretor do Conselho Federal de Psicologia, a entidade tem recebido um número expressivo de relatos sobre as consequências psicológicas do processo eleitoral. “Em 20 anos de profissão jamais vi algo parecido, o País vive um momento bastante complicado de instabilidade psíquica”, diz Bicalho.

Eleitores do  PT e do PSL que buscaram ajuda de psicólogos e terapeutas nas últimas semanas estão com medo do “dia seguinte”, do futuro imediato e das consequências sociais e econômicas de uma eleição marcada pela polarização e negação do outro. “Minha família procurou ajuda profissional porque o emocional está muito instável em casa. Meu irmão menor está assustado porque ouviu seus colegas falando sobre porte de arma em sala de aula; minha mãe chora todo dia e fala em ir embora do Brasil; fui ameaçada no Facebook por ser contra o Bolsonaro e meus amigos estão com medo de uma ditadura”, afirma uma estudante de 18 anos que, assim como outros pacientes, optaram pelo anonimato. Outra psicóloga conta que conversou com pacientes que estavam emocionalmente paralisados com receio até de andar na rua e de outras situações cotidianas. “A questão da violência está muito presente. Os pacientes LGBTs, por exemplo, estão se sentindo ameaçados pela hostilidade da eleição.” A também psicóloga, Ivani Francisco de Oliveira, diz que “a própria dinâmica da disputa eleitoral é a de implantar o medo do outro, do adversário, nos eleitores”.

A terapeuta Maria Vicente, do coletivo Escuta Sedes, afirma que tem acompanhado o aparecimento “das fantasias mais primárias relativas ao desamparo e à vulnerabilidade frente às ameaças que se apresentam”. Para ela, chama atenção a presença de sofrimentos mais regressivos, como perturbações importantes e repentinas do sono (como insônias e pesadelos). Ainda segundo Maria, pode ser detectado casos de perda de apetite, de vitalidade e da capacidade de enfrentar desafios corriqueiros da vida.

Um empresário de 49 anos, eleitor de Bolsonaro, afirma que incertezas econômicas produzidas por uma imaginária vitória de Haddad são motivos de insônia e angústia. “Eu fico pensando nas empresas que podem deixar o País, fico pensando na crise que pode estourar se acontecer isso ou aquilo, fico pensando em como vai ficar a minha família em um ambiente econômico caótico”, diz. Ele admite que já tem tomado remédios para dormir e que foi aconselhado a evitar o noticiário político.

Já um comissário de bordo de 36 anos, eleitor de Haddad, conta como a eleição interrompeu um longo processo de reaproximação entre ele e o pai. “Sou homossexual, mas meu pai nunca aceitou. Depois que passei por uma cirurgia no quadril, meu pai voltou a falar comigo. Inclusive, ficava em casa me ajudando”, afirma. “Mas a coisa desandou quando descobrimos o candidato um do outro. Nós voltamos a não nos falar. Ele não vem mais na minha casa – porque eu sou Haddad e ele Bolsonaro”.

Para a psicóloga Adriana Burani Venceslau, “o papel do terapeuta não é o de fazer uma intervenção política, mas ajudar o paciente a descobrir o que foi deflagrado pelo ambiente atual”. Ou seja, ajudar a desvendar as questões que já estavam pendentes nos relacionamentos e que vieram à tona, tendo como gatilho uma discussão que, na superfície, era “apenas sobre política”.

O quadro de desequilíbrio emocional ficou tão evidente que psicólogos e terapeutas de diversas correntes estão promovendo as chamadas rodas de conversa e acolhimento. As ações funcionam como grupos de terapia coletiva – e são ações abertas e gratuitas. “A ideia é abrir um espaço de fala e de escuta, principalmente para que as pessoas percebam que não estão sozinhas”, diz a psicóloga, que tem promovido rodas de conversa em Santo André, na Grande São Paulo. “Temos de reinstalar a esperança a partir das próprias histórias de vida de cada um. Também tentamos promover a empatia entre elas”, afirma outra organizadora da roda, a psicóloga Ivani Francisco de Oliveira.

Segundo Tatiana Olic, a ideia é tentar fortalecer a ideia de “pertencimento”. “Nesse momento, as pessoas precisam entender que não estão sozinhas, que ainda existe empatia e possibilidade de diálogo”, afirma ela.

Num artigo, Pedro Paulo Bicalho (Instituto de Psicologia/UFRJ) exalta resolução do Conselho Federal de Psicologia que limita a práticas profissionais, como a que quer autorizar psicólogos a “curar” homossexuais. Destaco um único trecho do artigo:

“Remetendo novamente a Foucault (2002) que […]”

A Psicologia tem lado. Suas referências são ateus. Por isso condena as práticas profissionais que não compartilham de suas convicções. A cultura predominante materialista lhe confere uma aura de autoridade. Numa cultura árabe, por exemplo, a visão da psicologia ocidental não seria a predominante.

Quem foi Foucault:

Foucault […] foi brilhante, mas psicologicamente atormentado […] muito ativo politicamente.[…]muitas vezes protestou em nome de grupos marginalizados. […] Uma das primeiras vítimas da AIDS […]

Heidegger foram particularmente importantes. Hegel e Marx também eram grandes interesses

[…] Foucault começou com um ódio implacável da sociedade e cultura burguesas e com uma simpatia espontânea por grupos marginais como os loucos, os homossexuais e os prisioneiros.

[…] seu trabalho em um hospital psiquiátrico parisiense e seus próprios problemas psicológicos pessoais .

[…] e sua intensa raiva do que ele via como a hipocrisia moral da psiquiatria moderna.

[…] Em suma, Foucault argumentou que o que foi apresentado como uma descoberta científica objetiva e incontroversa (que a loucura é doença mental) era, de fato, o produto de compromissos éticos e sociais eminentemente questionáveis.”

E

“Embora desprezasse o rótulo de “homossexual”, ele era abertamente gay e ocasionalmente elogiava os prazeres do sadomasoquismo e do balneário. Ele era uma espécie de dândi, preferindo raspar a cabeça e se vestir de preto e branco. Ele declarou que havia experimentado drogas.”

A Escola de Frankfurt, da qual Foucault fez parte, era atéia e comunista. Suas ideias, portanto, repousam nesse substrato. Os seguidores dessa escola identificam-se com essas ideias e crenças. Os Conselhos de Psicologia, em todo o mundo, estão tomados por essa visão materialista.

Fonte:

politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,angustias-com-politica-vao-parar-no-diva,70002557696

https://plato.stanford.edu/entries/foucault/

https://www.britannica.com/biography/Michel-Foucault

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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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